Vivemos em um mundo que privilegia as criações da razão e seus efeitos e que sofre com a carência emocional.
A razão e a emoção sempre foram tratadas de forma antagônica, são rivais desde os tempos ancestrais na interpretação dos fatos e na tradução das tragédias.
Considerando, contudo, que tanto a razão quanto a emoção são portadas pelo ser humano, homem ou mulher, cumpre definir o que é um e o que é outro e eis a questão...
A razão é o diferencial humano instrumentalizado pelo pensamento com a finalidade de atender as mais variadas demandas da vida.
A emoção é também o diferencial humano instrumentalizado pelo sentimento como forma de reagir as mais variadas demandas da vida.
Não seria ousado dizer que a razão é ação e a emoção é reação, em uma se detém o poder e em outra não.
Não é difícil entender o porquê da oposição entre razão e emoção... são mesmo bem distintas em essência.
Nesta linha de pensamento é possível estabelecer que o poder esteja na razão e se a emoção é o seu oposto, nela impera a ausência de poder, o vazio, o inexplicável, todos prontos para reagir ao que quer que seja.
Enquanto uma age a outra reage, a ordem dos fatores não modifica tal fato.
Prosseguindo, o que se pode deduzir deste antagonismo natural é que aqueles sob o domínio da razão têm sempre mais poder e aqueles sob o domínio da emoção não... Será?
Será, não, é, o poder é matematicamente vinculado à razão, portanto quando o critério for poder, nem há que se falar em antagonismo, a razão é, por essência, vitoriosa.
Ocorre que, o poder só se presta aos objetos e fatos aos quais se relaciona, sem mundo exterior, o poder é infrutífero e sem sentido e é aí, no mundo exterior, que a emoção arrebata a cena, porque é nela, que a reação pode acontecer...ou não...
Num silogismo mais ou menos perfeito a razão tem um poder absoluto que é nulo em si sem o sentido que vem da emoção.
Há pois um antagonismo de interdependência inquestionável entre razão e emoção, uma tensão necessária entre dois pólos opostos para produção daquilo que creio poder chamar de energia vital.
Religião à parte, creio ser isto o que Jesus queria mostrar quando disse que “nem só de pão vive o homem”.
Fixado que a tensão entre razão e emoção é a fonte de energia vital do ser humano, é de se notar que a intensidade desta tensão não produz mais ou menos energia vital, trata-se de uma tensão necessária mas indeterminada em si, na medida em que depende do mundo exterior pelo componente emocional.
Assim, o ser humano tem razão e emoção tensas entre si, produzindo energia vital conforme relação com o mundo exterior.
Seria óbvio demais dizer que o equilíbrio entre razão e emoção produz adequada energia vital, porque a relação com o mundo exterior simplesmente não é assim...
Já foi visto que o predomínio da razão resulta em mais poder e nem sempre em mais energia vital. É nesta circunstância que residem os eternos ciclos de sucesso e fracasso típicos das conquistas as quais todos os seres humanos se lançam.
Na busca de reagir e atender às demandas da vida a tensão entre razão e emoção fazem variar, e muito, a energia vital de uma pessoa.
Desta maneira, o que temos é que o ser humano, de acordo com a razão, pode organizar um modo de vida perfeito, idealizar um par perfeito, mas ao relacionar-se com o mundo exterior vai estar sujeito, inexoravelmente, à tensão imprescindível à produção de energia vital determinante de seus sucessos e fracassos.
O predomínio emocional, por outro lado, é estagnação praticamente determinante do fracasso.
Nas relações interpessoais, teoricamente, emoções, razões e poderes individuais concorrem entre si criando parcerias ou dissensões.
Delicada é a questão de até quando, nestas relações interpessoais, o uso da razão pode ir, sem comprometer a energia vital de uma parceria, por exemplo.
Creio que seja aí que entre a honestidade enquanto fruto da percepção de que o poder sem sentido é nulo em si e quando este sentido for a reação a outro ser humano, há que se preservar a emoção, para nunca, jamais, sob pretexto algum, perder a energia vital em nome da própria razão.
Fácil de falar mas, dificílimo de viver !
Jussara Paschoini
A razão e a emoção sempre foram tratadas de forma antagônica, são rivais desde os tempos ancestrais na interpretação dos fatos e na tradução das tragédias.
Considerando, contudo, que tanto a razão quanto a emoção são portadas pelo ser humano, homem ou mulher, cumpre definir o que é um e o que é outro e eis a questão...
A razão é o diferencial humano instrumentalizado pelo pensamento com a finalidade de atender as mais variadas demandas da vida.
A emoção é também o diferencial humano instrumentalizado pelo sentimento como forma de reagir as mais variadas demandas da vida.
Não seria ousado dizer que a razão é ação e a emoção é reação, em uma se detém o poder e em outra não.
Não é difícil entender o porquê da oposição entre razão e emoção... são mesmo bem distintas em essência.
Nesta linha de pensamento é possível estabelecer que o poder esteja na razão e se a emoção é o seu oposto, nela impera a ausência de poder, o vazio, o inexplicável, todos prontos para reagir ao que quer que seja.
Enquanto uma age a outra reage, a ordem dos fatores não modifica tal fato.
Prosseguindo, o que se pode deduzir deste antagonismo natural é que aqueles sob o domínio da razão têm sempre mais poder e aqueles sob o domínio da emoção não... Será?
Será, não, é, o poder é matematicamente vinculado à razão, portanto quando o critério for poder, nem há que se falar em antagonismo, a razão é, por essência, vitoriosa.
Ocorre que, o poder só se presta aos objetos e fatos aos quais se relaciona, sem mundo exterior, o poder é infrutífero e sem sentido e é aí, no mundo exterior, que a emoção arrebata a cena, porque é nela, que a reação pode acontecer...ou não...
Num silogismo mais ou menos perfeito a razão tem um poder absoluto que é nulo em si sem o sentido que vem da emoção.
Há pois um antagonismo de interdependência inquestionável entre razão e emoção, uma tensão necessária entre dois pólos opostos para produção daquilo que creio poder chamar de energia vital.
Religião à parte, creio ser isto o que Jesus queria mostrar quando disse que “nem só de pão vive o homem”.
Fixado que a tensão entre razão e emoção é a fonte de energia vital do ser humano, é de se notar que a intensidade desta tensão não produz mais ou menos energia vital, trata-se de uma tensão necessária mas indeterminada em si, na medida em que depende do mundo exterior pelo componente emocional.
Assim, o ser humano tem razão e emoção tensas entre si, produzindo energia vital conforme relação com o mundo exterior.
Seria óbvio demais dizer que o equilíbrio entre razão e emoção produz adequada energia vital, porque a relação com o mundo exterior simplesmente não é assim...
Já foi visto que o predomínio da razão resulta em mais poder e nem sempre em mais energia vital. É nesta circunstância que residem os eternos ciclos de sucesso e fracasso típicos das conquistas as quais todos os seres humanos se lançam.
Na busca de reagir e atender às demandas da vida a tensão entre razão e emoção fazem variar, e muito, a energia vital de uma pessoa.
Desta maneira, o que temos é que o ser humano, de acordo com a razão, pode organizar um modo de vida perfeito, idealizar um par perfeito, mas ao relacionar-se com o mundo exterior vai estar sujeito, inexoravelmente, à tensão imprescindível à produção de energia vital determinante de seus sucessos e fracassos.
O predomínio emocional, por outro lado, é estagnação praticamente determinante do fracasso.
Nas relações interpessoais, teoricamente, emoções, razões e poderes individuais concorrem entre si criando parcerias ou dissensões.
Delicada é a questão de até quando, nestas relações interpessoais, o uso da razão pode ir, sem comprometer a energia vital de uma parceria, por exemplo.
Creio que seja aí que entre a honestidade enquanto fruto da percepção de que o poder sem sentido é nulo em si e quando este sentido for a reação a outro ser humano, há que se preservar a emoção, para nunca, jamais, sob pretexto algum, perder a energia vital em nome da própria razão.
Fácil de falar mas, dificílimo de viver !
Jussara Paschoini
Nenhum comentário:
Postar um comentário