Mirem-se no exemplo
Daqueles machos
mecenas
Vivem pros seus
apoios
País, governos e
dinheiro
Quando aplaudidos se
inflam
Enchem a cara e a
barriga
O bolso acena
Quando criticados se
isolam
Se planejam e te
degolam
Sem muita pena,
gangrena!
Mirem-se no exemplo
Daqueles machos
mecenas
Vivem por seus
direitos
Heroicos feitos
perfeitos
Quando eles escutam
seus nomes
Eles tecem tramas e
letras
Mil operetas
Vivem quase sempre
sedentos
Querem arrancar
violentos
Seus dez por cento, jumentos!
Mirem-se no exemplo daqueles
machos mecenas
Sofrem por suas
Lavínias
Brastemp à pilha,
obscenas
Quando eles são
questionados
Costumam ficar
injuriados
De ego pequeno
Mas no fim da noite
bebaços
Quase se intitulam Picassos
De toda a cena,
Cartagena!
Mirem-se no exemplo
Daqueles machos
mecenas
Geram pro poder
público
Os novos baianos de
antena
Eles não têm gosto ou
vontade
Nem defeito, nem
qualidade
Têm patrocínio
Não têm sonho, só têm
presságio
A sua parte, cobrando
pedágio
Lindas doletas,
caxetas
Mirem-se no exemplo
Daqueles machos
mecenas
Temem o pobre e a pobreza
Beleza e mesa à portuguesa, com
certeza
Os jovens no eixo
marcados
E os menores
abandonados
Em quarentena
Roupa preta e
overloque
Nos protestos uns
Black Blocks
Tudo é novena,
morena!
Mirem-se no exemplo
Daqueles machos
mecenas
Secam letras e pingos
Todos sua propriedade,
apenas...
(Composição
popular brasileira e última hora)
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