quinta-feira, 3 de março de 2011

INTERNET PARA APRENDIZES QUASE TRINTÕES, QUARENTÕES, CINQÜENTÕES ETC...




Ninguém pode negar o avanço e os benefícios da rede internet em termos de informação, comunicação, aprimoramento cultural e tudo mais que a forma facilitada de contato praticamente universal oferece.


Refletindo bastante sobre o assunto, encontra-se a conclusão do cunho potencial considerável da maioria do que se institui nesse concreto método de interação, o qual, apesar das suas inegáveis vantagens, oferece ampla margem a ambigüidades, desfaçatez, duplos sentidos...


A internet beneficia muito e facilita muito tudo em termos de contato, mas não se pode evitar e nem deixar de ver a tentação do mundo virtual, em termos de apresentar lobo em pele de cordeiro e cordeiro em pele de lobo. Inúmeros são os ilícitos cuja execução se inicia nas vias do satélite e da fibra ótica.


Não é no extremo, entretanto, que podemos estacionar nossa visão dos fatos internautas, mas no tornar virtual o que necessariamente deve ser autêntico, claro, verdadeiro, a pessoa que somos, o quanto sustentamos nossas idéias e delas tiramos atitudes coerentes e não imagens registradas ao mero anseio de um momento, numa decisão vaidosa e geralmente egocêntrica, apenas para auto-afirmar, o que, em verdade, só pode ser mesmo virtual.


Assim, não se negue e muito menos se condene que todos têm o poder de montar seu ego virtual e enquanto isso for o que é, virtual, nada a se questionar, porém, impossível não lamentar a perda de quem se computadoriza ao ponto de tornar-se um link de meias verdades convenientes ao “mais” do momento, crente de estar em plena fruição de seu viver, pleno de razões para fazer e desfazer, aproveitando-se do oculto para desconhecer e se manter, portanto, ignorante.


O perigo? Nada mais e nada menos do que a mentira, o doce embalo solitário do aparente, a satisfação momentânea ao aroma intenso da mais orgulhosa presunção fantasiada de absoluta, num clicar de dedos dos mais convincentes.


Errado? Depende de quem estiver sendo. Depende de quem estiver acreditando. Depende de quem estiver reagindo. Em suma, o “quem“ é importante! A intenção e o grau virtual são outros quinhentos reais.


Jussara Paschoini

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