A gente assiste
televisão, lê livros (quando possível e quando acha algo que agrada), vai ao cinema, participa
das redes sociais, escreve o que pensa em blog ou não e desconfia que algo de
si é, porque viver é assim, ser, na frente do computador ou não.
Acompanhados ou
sozinhos, podemos sentir o que nos agrada e saber o que queremos e isso já é
uma grande coisa neste universo virtualizado. Saber o que instiga e o que
corresponde é o adequado, a partir daí compreender qualé sem adentrar no
terreno das certezas, é o que vinga e não é a insensibilidade e a frieza a
marca de qualquer possibilidade, mas o modo pelo qual lidamos com o que há para
ser indagado e para descobrir respostas, muitas vezes usufruindo de bons
momentos. O sensível é que é feliz e não o contrário.
Vidinha normal com altos e baixos todo mundo tem, especial é ser
livre apesar disso, para pensar, confrontar e participar, sabendo que alguém
ouviu, leu, prestou atenção e tirou algum substrato...isso tem valor e não pode
ser desmerecido e nem reduzido ao pobre terreno das meras necessidades.
A vontade que
está em conta é a de estar por perto sem precisar estar por perto, mas nem por
isso longe, indiferente, ainda que distinto e se surgir a suspeita maravilhosa
de uma chance se tornar concreta, por que não tentar? Não tira pedaço e nem
conta mentira, só faz saber qualé e se isso não for, não passa disso e nem
invalida o que de bom surgiu, principalmente para quem vive de verdade todos os
momentos.
Há vida e há
morte, no meio a gente só faz descobrir qualé e se descobrir na maioria das
vezes, está de bom tamanho. O que se sente a respeito é que dá o tom, muito
mais do que a ação prescindível das aparências e oportunas amostras, aliás,
típicas de muitas condutas e álbuns fotográficos digitais ao infinito.
Então, além do
Google, é claro, por tudo que partilho e sinto, não nego que apesar de pouco me
dedicar, muito recebo da era digital, principalmente dos amigos com os quais
muito me identifico e continuarei a me identificar.
Jussara Paschoini
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